
Ele... ...no cume da sua vulgaridade, soletrou-a campo árido, devastada por ventos sem norte. Talvez por isso, enrolou um cigarro na erva dos dias, interrogou-se do porquê do papel, do seu papel, grosseiramente alargado nas margens que colou com a saliva da memória. Salina. Fumou-a numa ânsia de posse. Também numa ânsia de morte. Jugo, carrasco e presa numa só inspiração e numa só noite, numa só nuvem, expirada. Contudo, em segredo, escondeu os seus restos de cinza, numa pequena caixa de dvd. Não fosse um dia a querer rever. Rasgou sem ler as cartas que ela lhe escrevera e por uma enviada, as fez nada.Fada ou negra visão já ninguém sabia. O nevoeiro a tinha levado.

o mar de lava que a percorreu acalmou as sereias das suas células fêmeas. Já não pertences ao meu reino e eu já não sou uma estrela no teu.Rogo-te a escuridão do desconhecimento, do vazio em mim.

Ele virou-me as costas. Ela, abriu um livro e apontando para a página 46, me deixou ler: "as ideias, todos sabemos, não nascem na cabeça das pessoas. Começam num qualquer lado, são fumos soltos, tresvairados, rodando à procura de uma devida mente."
Desisti. Tinha sido eu própria a oferecer-lhe o livro de Mia Couto.